sábado, 20 de julho de 2013

Tirando o Plástico da Mortadela #1 - Incidente em Antares


Entenda o porquê deste livro ser um clássico da literatura brasileira!

Érico Veríssimo é, sem dúvida alguma, um dos nosso maiores escritores brasileiros do século XX. Falecido em 1975 com 69 anos, seu último romance publicado foi Incidente em Antares. Embora mais conhecido por "Olhai os Lírios do Campo" e "O Tempo e o Vento", a história desse incidente que ocorreu nessa cidadezinha fictícia perto de São Borja, assim como a própria história dessa cidadezinha, foi algo brilhante.
O livro é dividido em duas partes. Uma dessas partes, a primeira, podemos chamar de... "real". Basicamente conta como tudo se deu em Antares antes do tal incidente.

A história passa por gerações, dando ênfase aos dois clãs que "comandam" aquela cidade. Os Vacarianos e os Campolargos. Embora com acontecimentos muito chocantes e uma rivalidade única, essas duas famílias deixam de ser eternos inimigos e passam a conviver de forma tranquila após um encontro com um cara que viria ser um dos maiores nomes da política nacional.

São apresentados os membros da Igreja local. O prefeito. Os integrantes do jornal local. Os demais cidadãos "interessantes" à história.

Como toda cidade, Antares não poderia ficar parada no tempo. Foi crescendo, se industrializando. E crescendo, foi adquirindo mais problemas, mais confusões. Classes foram surgindo, e é basicamente isso que leva ao desencadeamento do estranho incidente.

Todo o ser humano tem seu início, meio e fim. Todos os 7 mortos tiveram os seus, embora uns mais conhecidos que outros.

Êpa! 7 mortos? Sim. O que aconteceu com eles após suas mortes foi o que deu nome ao livro. Um era um bêbado; o outro, anarquista; a outra, matriarca dos Campolargos; a outra, prostituta; o outro, advogado; o outro, pacifista; e o último, pianista.

Todos, é claro, com um final em particular.

Após bastante alvoroço, medo, revelações, descobertas... Veríssimo termina sua realista e fantástica obra. Tem-se muito o que retirar como ensinamentos através do que foi contado ao longo daquelas mais de 200 páginas. Certamente é um livro indispensável a todo fanático por literatura, especialmente a nacional.

Você pôde muito bem perceber que não citei nada que comprometesse o bom andamento nem mesmo que revelasse alguma parte crucial da história. Tentei apenas incitá-lo à leitura. Se deu certo eu não sei. Mas tentei.


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